Exercícios básicos na musculação: o porquê do essencialismo deles.
Quando nos propomos a entrar na academia pela primeira vez, a insegurança e dificuldade, normalmente, para realizar os exercícios básicos propostos é instalada naturalmente. Muito devido à adaptação ao novo universo, que é a atividade com pesos, de forma que aquele pré estímulo é executado de forma mais extenuante. Essa fase inicial é chamada de adaptação neural ou neuromuscular, a qual o treinamento, inicialmente, não visa o ganho de massa muscular ou perda de gordura, mas a sua coordenação motora intramuscular e intermuscular, consequentemente aumentando seus níveis de força, por meio das adaptações neurológicas e morfológicas ocasionadas pelo treinamento resistido.
Sabendo disso, qual a importância dos exercícios básicos nessa fase de adaptação, que é a elementar e a mais importante para o desenvolvimento neuromotor do praticante de musculação e demais modalidades?
É simples, os exercícios elementares, como o próprio nome já diz, são a base de tudo. Quando pensamos em realizar nossas atividades diárias, independente da qual seja, é certo que tudo envolva: empurrar, puxar, elevar e agachar. São movimentos que executamos naturalmente, muitas das vezes sem perceber. Exemplo disso é quando estamos limpando a casa, por quantas vezes trocamos algum móvel do lugar, o afastamos para limpar ou até mesmo levantamos para tirar a poeira da parte debaixo? Nesses três exemplos realizamos, respectivamente, os movimentos de puxar, empurrar e elevar. Então, é notório o peso que um bom aprendizado desses movimentos nos trará para nossa qualidade de vida.
Além disso, é importante fugir de exercícios ‘’mirabolantes e acrobáticos’’, porque partem da contramão do que os estudos embasam. Exercícios como flexão de braços (quatro apoios), agachamento livre e barra fixa recrutam um grande número de fibras musculares e de músculos auxiliares, os quais trabalham em sinergia com os músculos alvos, para que o movimento seja executado de forma eficaz. A exemplo da flexão de braços, para uma boa execução é necessário a estabilização do tronco, principalmente do abdômen, a fim de manter a base corporal alinhada, recrutando os músculos do peitoral, tríceps, deltoide frontal prioritariamente. E de forma isométrica o abdômen e eretores da coluna.
O exercício mais completo: Agachamento Livre.
Quando paramos para pensar em um exercício que seja considerado o pilar da musculação, logo vem a mente o poderoso agachamento livre. Considerado por muitos o melhor exercício para desenvolver os membros inferiores, pelo seu grau de exigibilidade, tanto motor, quanto muscular. Nesse tipo de exercício subdivide-se o trabalho para o realizar, como os músculos agonistas, sinergistas e estabilizadores. Os agonistas, que realizam o movimento, são os quadríceps e glúteos. Sinergistas, os quais auxiliam os principais, são os paraespinhais, isquiotibiais, adutores e tríceps sural. Já os estabilizadores são os abdominais e pélvicos.
Busque orientação e conhecimento.
Dessa forma, percebemos a importância daquele aprendizado inicial, o qual foi citado, para a nossa evolução psicomotora. O trabalho de base tem de ser respeitado, é necessário passar por essa etapa sem burlá-la, sabendo que o processo é lapidado a cada dia. Buscando sempre uma orientação profissional, a fim de otimizar esse aprendizado, uma vez que posteriormente essa consciência corporal será requisitada para a execução de exercícios que necessitam de uma maior concentração motora.
Então, busque sempre o conhecimento e treine em parceria com um profissional competente, questionando-o em momentos de dúvidas que possam surgir. Sabemos da dificuldade que é ter uma orientação mais afinco, devido ao alto número de alunos que compõem as academias do país, mas sobram conteúdos legítimos na internet. Usem essa ferramenta de forma positiva e filtre as informações de qualidade. Apliquem à realidade de vocês, buscando fugir dos paradigmas que são impostos. Dessa maneira, otimizará seus resultados nessa prática milenar, que é a musculação.